3 de dezembro: Ufes celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

03/12/2021 - 11:41  •  Atualizado 01/11/2022 09:16
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Uma sessão plenária especial sobre deficiência da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1982, adotou o 3 de dezembro como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembleia Geral da entidade.

A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Ufes (Naufes), Déborah Provetti, lembra que celebrar a data implica gerar conscientização, comprometimento e ações que possam contribuir para a inclusão e a permanência qualificada das pessoas com deficiência nos espaços acadêmicos e nos diferentes espaços da sociedade.

Ela destaca que a Ufes assumiu o compromisso com a inclusão e com a acessibilidade, procurando superar as situações que ensejem discriminações e exclusão. Nesse sentido, além do Plano de Desenvolvimento Institucional 2021-2030 e do Projeto Político Institucional, a Universidade também adota, desde 2018, o Plano de Ação de Acessibilidade atitudinal, arquitetônica, metodológica, programática, instrumental, nos transportes, nas comunicações e digital como um dos norteadores das ações institucionais. “A execução das ações do Plano de Ação, por exemplo, é acompanhada pela Comissão de Assessoramento e Monitoramento do Plano de Ação, presidida pelo servidor Fábio Medina e formada por servidores das mais diferentes áreas”, explica.

Outra ação decorrente do mesmo Plano foi a criação de uma comissão para elaborar as políticas de acessibilidade da Ufes. A comissão é formada por representantes dos segmentos discente, docente e técnicos da comunidade acadêmica. Segundo a coordenadora do Naufes, que preside a comissão, o trabalho já está sendo finalizado e, em breve, será entregue à Reitoria.

Compromisso coletivo

No que tange à inclusão e à acessibilidade, este ano foi marcado pela comemoração dos 10 anos do Naufes, celebrado com a realização do I Seminário Ufes de Inclusão no Ensino Superior (disponível no canal do Naufes no YouTube), que abordou o tema Acesso e permanência de estudantes com deficiência. Também foi lançado o Manual de Acessibilidade da Ufes. Déborah Provetti destaca que essas e outras ações (veja a seguir) são integradas entre os diversos setores da Administração Central.

“A acessibilidade e a inclusão devem estar presentes no sistema educacional seja qual for o nível, seja qual for a modalidade, desde a educação básica até a educação superior. A acessibilidade é transversal e deve se efetivar por meio de ações que promovam o acesso, a permanência com qualidade, a participação e a aprendizagem desses estudantes”, pontua a coordenadora do Naufes. Ela afirma que, apesar dos avanços, ainda se fazem necessárias as articulações entre as políticas educacionais, as mudanças no mundo do trabalho e as políticas públicas.

Déborah Provetti lembra que o trabalho é coletivo: “Quando falamos de acessibilidade no ensino superior, não estamos nos referindo somente a estudantes e servidores com deficiência, mas estamos falando de toda a comunidade, pois a acessibilidade tem relação com o exercício da cidadania e o reconhecimento da educação de qualidade como direito de todos. A Ufes vem destinando recursos para garantir a concretização das ações”.

No ano em que o Naufes completa 10 anos, ela avalia que em todo o trabalho, no sentido de consolidar a acessibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência, é de suma importância o envolvimento da comunidade acadêmica.


Conheça ações realizadas pela Ufes nas diversas dimensões da acessibilidade:

Acessibilidade atitudinal: a campanha de acessibilidade deste ano produziu cards e vídeos, tendo como protagonistas estudantes e servidores com deficiência. Acolher as diferenças é fundamental.

Acessibilidade arquitetônica: foram realizadas instalação de plataformas elevatórias; adequação das calçadas existentes e construção de novas calçadas acessíveis nos diversos espaços universitários; adequação dos banheiros acessíveis; e reforma (adequação do espaço de circulação) da Biblioteca Central.

Acessibilidade metodológica: o plano de formação pedagógica para técnicos, professores e trabalhadores terceirizados tem sido colocado em prática. A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), por meio da Diretoria de Desenvolvimento Pedagógico, vem realizando encontros e trazendo questões que envolvem práticas pedagógicas para a permanência qualificada dos estudantes com deficiência e com necessidades especiais. O último deles abordou o tema Procedimentos e instrumentos para avaliar estudantes com deficiência, tendo como expositora a professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Katiuscia Antunes. Já a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) ofertou o curso de Acessibilidade e educação especial na perspectiva inclusiva na universidade: fundamentos e práticas, sob a tutoria da servidora Jaqueline Almeida.

Acessibilidade instrumental: houve a implantação do Laboratório de Inclusão e Acessibilidade Informacional na Biblioteca Central, tendo como objetivo orientar sobre procedimentos para a conversão da bibliografia impressa em formatos acessíveis. Para o espaço, foram adquiridos equipamentos de tecnologias assistivas, mobiliários adequados e adaptados às diferentes necessidades. Também foram assinadas bases de bibliotecas digitais que possuem recursos de acessibilidade, tais como contraste, leitura em voz alta do texto e ampliação de texto. Os conteúdos estão disponíveis em língua portuguesa.