Colóquio de História das Doenças disponibiliza anais para consulta

Os anais do VIII Colóquio de História das Doenças já estão disponíveis para consulta. A publicação reúne trabalhos apresentados durante o evento científico, que reuniu pesquisadoras e pesquisadores de diferentes regiões do país em dezembro de 2020.

Há artigos de especialistas sobre discursos pedagógicos sobre a aids, a religião no processo de isolamento dos hansenianos, doenças do útero, história da hanseníase na Amazônia, processo inquisitorial e a sua relação com a doença mental, dengue, influenza, pandemia no Brasil, febre amarela, doenças venéreas, saúde e ciência.

O documento está disponível gratuitamente no site da Editora Mil Fontes. O conteúdo foi organizado pelos professores Sebastião Pimentel e Patrícia Maria Merlo, do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS) da Ufes; Dilene Nascimento, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Anny Jackeline Silveira, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop); e André Luís Nogueira, da Faculdade do Vale do Cricaré (FVC).

Evento

O Colóquio de História das Doenças é um evento anual, sediado na Ufes e organizado pelos programas de pós-graduação em História da Ufes, da Ufop, da Fiocruz e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

De caráter multidisciplinar, reúne pessoas de diferentes campos do conhecimento, tais como Medicina, Estatística, Sociologia, Enfermagem, Antropologia e História. O evento também oportuniza a divulgação de pesquisas e favorece o contato da comunidade universitária com a produção acadêmica das e dos mais importantes pesquisadoras e pesquisadores da área da história da saúde, das doenças e das artes de curar.

Desde a sua criação, em 2013, o colóquio vem projetando o Espírito Santo como um centro de difusão de conhecimento sobre o tema, abrindo espaço para o diálogo que percorre desde as dinâmicas de surgimento das doenças até as complexas relações entre os sistemas sociais e naturais ao longo do tempo e nos diferentes recortes históricos.

Segundo os organizadores, “as temáticas discutidas nos eventos seguem a vertente da nova historiografia que alargou o conceito de saúde e doença, ao estudar esse assunto, levando em consideração o ponto de vista dos múltiplos atores da sociedade, como o doente, os curadores, oficiais ou não, as autoridades governamentais. Sempre buscando entender a doença como um fenômeno social. Em meio à pandemia provocada pela covid-19, acreditamos que a história das doenças pode oferecer alternativas para compreensão do momento que estamos vivendo, oportunizando a reflexão qualificada sobre estratégias seguidas no enfrentamento de outras doenças ao longo da história”.

Texto: Jorge Medina
Edição: Camila Fregona