Centro de Ciências da Saúde oferta disciplina em parceria com universidades estrangeiras

12/03/2021 - 18:46  •  Atualizado 16/03/2021 19:52
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Entre abril e julho, o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes ofertará a disciplina Desafios em Saúde Global e Saúde Única, em parceria com a Universidade Ludwig-Maximilians (Munique), a Universidade Técnica de Munique, a Universidade Católica de Moçambique, a Universidade AAB do Kosovo e a Universidade Federal do Paraná. A ação faz parte do Projeto de Internacionalização (PrInt) da Ufes e acontece dentro do Joint Initiative for Teaching and Learning on Global Health Challenges and One Health (JITOHealth), projeto financiado pelo Centro de Saúde Internacional da universidade alemã Ludwig-Maximilians. As aulas serão em inglês.

A matéria discorrerá sobre a prevenção e resposta às epidemias e pandemias e a relação entre meio ambiente, saúde humana e saúde animal. As aulas terão 44 professores de 22 instituições, tanto das envolvidas quanto de outras organizações das Américas, da Europa, da África e da Ásia. Cada um ministrará sobre sua especialidade, abordando temas como bioética em Saúde Única, aplicação da Saúde Única em políticas públicas de saúde e trabalho colaborativo em equipes multiprofissionais.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas (PPGDI) Rachel Vicente, idealizadora e coordenadora do projeto, buscou essa oportunidade por entender a importância desse contato para os alunos. “Eu tive a oportunidade de estudar fora e isso mudou minha forma de enxergar a minha área de atuação, eu quero isso para os alunos. A experiência de entrar em contato com outra cultura é muito relevante, pois eles vão poder enxergar a Saúde Única em outras realidades e contextos. Isso molda a formação deles e os futuros profissionais que serão. Agora eles vão abrir a mente sobre o assunto e ter a chance de discutir não só olhando para o seu meio, mas o de outros também".

Aprendizagem colaborativa

As aulas serão ministradas no formato de aprendizagem colaborativa internacional, que se baseia no método de dinâmicas a distância entre universidades a fim de discutir e analisar os temas abordados, conforme a demanda cultural dos países envolvidos. Há interação com os estudantes como forma de potencializar o desenvolvimento de competências, o que lhes permite uma comunicação adequada em situações internacionais e interculturais, e a troca de conhecimento.

Ao todo, nove alunos da Ufes estão participando do projeto, sendo cinco do PPGDI, quatro do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e um do Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica. Nesta primeira seleção, a escolha foi feita por ordem de inscrição. Nas próximas edições, planejadas para acontecerem uma vez ao ano, o processo seletivo poderá ter outro formato.

Além dos estudantes da Ufes, a matéria conta com a presença de 21 alunos das universidades estrangeiras. Ao final da disciplina, eles serão divididos em grupos com participantes de diferentes nacionalidades para a apresentação de um seminário. Dessa forma, o diálogo e o aprendizado sobre cenários diferentes em relação ao assunto retratado serão mais abrangentes.

Internacionalização

O PrInt-Ufes é um projeto financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que busca a internacionalização dos programas de pós-graduação nota 5. Por meio dele, são realizadas pesquisas envolvendo universidades de outros países, com intercâmbio de pesquisadores e eventos, além de pesquisas em conjunto.

Dentro da área da saúde, as aulas desenvolvidas com o JITOHealth representam a construção de um ensino internacional para os estudantes de todas as universidades participantes, mas também, segundo Rachel Vicente, a abertura de chances para que outros professores da Ufes possam buscar esse contato em suas áreas.

“Essa atividade abre oportunidades de internacionalização de pesquisas para outros professores. Eu não achava que era possível tantos contatos internacionais com esse projeto, mas aconteceu de termos aceite de pesquisadores reconhecidos de várias instituições renomadas de diversos continentes. Vejo que isso pode encorajar outros. A internacionalização é um processo muito importante, traz benefícios para todos os participantes. Espero ver mais envolvimentos assim”, afirma a professora.

 

Texto: Mikaella Mozer (bolsista de projeto de Comunicação)
Edição: Thereza Marinho