Jornal Informa: Pesquisa mapeia fundo marinho capixaba

22/06/2016 - 14:45  •  Atualizado 23/06/2016 16:49
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Uma pesquisa inédita está mapeando os tipos de fundo marinho existentes na plataforma continental do Espírito Santo e os tipos de animais que habitam esses locais. Sob a coordenação do professor do Departamento de Oceanografi a Alex Bastos, uma equipe de 17 pesquisadores (sendo 13 da Ufes) delimitou uma das maiores áreas de biodiversidade de algas calcáreas do mundo, com 5.800 km² de extensão.

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Também conhecido como banco de rodolitos – nódulos formados por essas algas calcáreas –, ele sustenta uma alta biodiversidade de organismos invertebrados, fundamentais para a manutenção da vida marinha, ao longo dos 411 km do litoral capixaba.

A pesquisa foi contemplada pelo edital 14/2013 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e teve início em 2014. O trabalho já concluiu as fases de mapeamento, fotografia e amostragem. Foram coletadas 370 amostras de sedimentos e bentos (organismos vivos), que se desdobram em 1.110 análises e 370 imagens do fundo marinho, em profundidades que variam de 10 a 50 metros.

Segundo Bastos, a pesquisa será finalizada até dezembro deste ano. “Ao final dos trabalhos, entregaremos muito mais do que foi pedido no edital. A análise geoquímica das amostras – presença de metais – é um exemplo. O edital também pedia um mapeamento de até 22 km da praia e nós chegamos a 50 km”, enfatizou.

O professor também destacou que as amostras foram coletadas antes do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), e isso servirá como base única de comparação para as análises que estão sendo feitas após a tragédia.

 

Texto: Hélio Marchioni
Edição: Thereza Marinho