Na Ufes, a presença feminina em sala de aula e na área administrativa é superior à masculina. Em 56% dos cursos, o número de estudantes mulheres é maior que o de homens. Ao todo, estão efetivamente matriculados 20.982 discentes, sendo que 11.344 são alunas e 9.638, alunos. No quadro de 4.040 servidores há, atualmente, 2.044 mulheres, sendo 889 docentes e 1.155 técnicas-administrativas. Entre os 1.996 homens do quadro de pessoal, 1.033 são professores e 963 técnicos-administrativos.
A presença de estudantes e docentes mulheres na Universidade está mais atrelada aos cursos das áreas de Humanas e Saúde. Dentre os 10 cursos com maior percentual feminino de estudantes, seis são da Saúde e quatro da Educação. No curso de licenciatura em Pedagogia (matutino) elas são 93% dos estudantes: 293 mulheres e 22 homens.
No entanto, nas Ciências Exatas e da Terra e nas Engenharias os homens estão em maior número. Na graduação em Ciências da Computação, eles são 95%: 172 homens e 10 mulheres.
Titulação
Quanto à titulação dos técnicos-administrativos, elas também são maioria. Das 1.155 mulheres, 225 têm pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado): 31 são doutoras e 194 mestres. Entre os 963 homens, 183 têm pós stricto-sensu: 22 são doutores e 161, mestres. Na pós-graduação lato-sensu, ou seja, a especialização, o quantitativo também é maior para as técnicas-administrativas, 529. Entre os homens, são 318.
A pós-graduação stricto sensu é um dos requisitos básicos para a carreira acadêmica. Entre os 1.922 docentes da Ufes, sendo 1.033 professores homens e 889 mulheres, os números favorecem os homens. Entre eles, 807 são doutores e 166, mestres. Dentre as mulheres, 676 têm doutorado e 149, o mestrado.
Cargos de chefia
Os dados obtidos junto à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) apontam que entre homens e mulheres técnicos-administrativos, elas ocupam 132 cargos de chefias, enquanto eles, 129. Já entre os docentes, os homens ocupam 146 funções de chefias, e as mulheres, 111. Nos 61 programas de pós-graduação da Universidade, por exemplo, apenas 22 mulheres docentes são coordenadoras.
Para a vice-reitora e professora do Departamento de Enfermagem, Ethel Maciel, “há muitos obstáculos a serem enfrentados, mas a nossa determinação precisa ser muito maior para chegarmos a uma equidade em todos os espaços, dentre eles o universitário”, diz.
Texto: Letícia Nassar
Ediçao: Thereza Marinho