O Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras da Ufes, já está com novos filmes em cartaz. Na semana de 16 a 22 de agosto, serão exibidas as estreias O Caso do Homem Errado, Unicórnio e Tudo é Irrelevante, Hélio Jaguaribe. Há ainda a sessão Cinemas em Rede, apresentando o filme Piripkura. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema por R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Confira a programação:
Sessão Cinemas em Rede
A sessão Cinemas em Rede apresenta o longa Piripkuras, do trio de diretores Bruno Jorge, Mariana Oliva e Renata Terra. Vencedor do prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio em 2017, o filme conta a trajetória de Jair Candor, um funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de dois índios nômades do povo Piripkura, conhecidos como “povo borboleta”, que estão praticamente extintos e sobrevivem cercados por fazendas e madeireiros numa área protegida da Floresta Amazônica. Candor os conhece em 1989 e realiza expedições a cada dois anos, monitorando vestígios que comprovem a presença deles na floresta, visando assegurar que a área continue sob proteção e que os dois ainda estão vivos.
O Cinemas em Rede é uma iniciativa que tem como objetivo contribuir para a articulação de um circuito universitário de exibição audiovisual. As salas escolhidas são abertas ao público, de forma gratuita, e o conteúdo das exibições é disponibilizado pelas próprias instituições participantes do projeto.
O Caso do Homem Errado
Em 1987, o operário negro Júlio César de Melo Pinto foi preso na cidade de Porto Alegre (RS) após ser confundido com assaltantes. Ao entrar no carro da Brigada Militar, ele tinha apenas um ferimento na boca, mas Júlio César, de 30 anos, nunca mais voltou para casa – foi executado por policiais com um tiro no abdômen.
O documentário (foto) da diretora Camila de Moraes recupera esta história mais de 30 anos depois, trazendo depoimentos de Ronaldo Bernardi, o fotógrafo que fez as imagens que tornaram o caso conhecido; da viúva do operário, Juçara Pinto; e de nomes respeitados na luta pelos direitos humanos e do movimento negro no Brasil.
Unicórnio
O filme de ficção escrito e dirigido por Eduardo Nunes é uma adaptação de dois contos de Hilda Hilst: “O Unicórnio” e “Matamoros”. O longa conta a história de Maria, vivida por Barbara Luz, que aguarda com a mãe, interpretada por Patrícia, a volta de seu pai (Zécarlos Machado). A relação das duas sofre mudanças com a chegada de um outro homem (Lee Taylor) à rústica casa de campo em que moram.
O filme foi exibido no festival de Berlim de 2018 na Mostra Generation, que é dedicada a títulos com temáticas jovens.
Tudo é Irrelevante, Hélio Jaguaribe
O longa é uma cinebiografia de Hélio Jaguaribe, um dos maiores cientistas políticos no Brasil, responsável por formular as teorias de um capitalismo autônomo para o país, o nacional-desenvolvimentismo. Hélio também fez parte do grupo que passou a repensar o Brasil desde a década de 1950, propondo uma integração da América latina.
O filme de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan busca mergulhar no pensamento desse filósofo e político brasileiro, já com 90 anos de idade, tendo como pano de fundo as transformações culturais do Brasil e do mundo até o presente. Para tanto, conta com depoimentos de intelectuais e personalidades, como André Lara Resende, Fernanda Montenegro, Fernando Henrique Cardoso e Zuenir Ventura.
Serviço:
Piripkuras (Brasil, 2018, cor, 72’, livre)
Quinta-feira (16), às 19h
Entrada franca
O Caso do Homem Errado (Brasil, 2018, cor, 77’, 10 anos)
Quinta-feira (16), às 17h20
Sexta-feira (17), às 20h20
Sábado (18), às 18h50
Domingo (19), às 16h30
Segunda-feira (20), às 20h10
Terça-feira (21), às 17h30
Quarta-feira (22), às 17h30
Unicórnio (Brasil, 2018, cor, 122’, 10 anos)
Sexta-feira (17), às 18h
Sábado (18), às 16h30
Domingo (19), às 17h50
Segunda-feira (20), às 17h30
Terça-feira (21), às 19h30
Quarta-feira (22), às 19h30
Tudo é Irrelevante, Hélio Jaguaribe (Brasil, 2018, cor, 80’, 10 anos)
Sexta-feira (17), às 15h20
Segunda-feira (20), às 15h20
Terça-feira (21), às 15h20
Quarta-feira (22), às 15h20
Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho