Reitor Reinaldo Centoducatte hasteia bandeira que simboliza a luta pela igualdade de gênero

09/03/2020 - 15:53  •  Atualizado 01/11/2022 09:17
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O reitor Reinaldo Centoducatte hasteou nesta segunda-feira, 9, no campus de Goiabeiras, a bandeira do feminismo, simbolizando a luta pela igualdade de gênero. A solenidade, realizada em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), foi realizada em frente ao Teatro Universitário e contou com a presença da subsecretária de Políticas para Mulheres do Governo do Estado, Juliane Barroso, e de uma das fundadoras do Laboratório de Pesquisa sobre Violência Contra a Mulher no Espírito Santo (Lapvim/ES), Luzia Toledo (ambas na foto, com o reitor).

“A sociedade abriu os olhos. Embora todos os dias ainda tenhamos notícias de casos de violência contra a mulher, vemos que todo mundo hoje se apropriou dessa luta contra a violência contra a mulher”, disse Luzia Toledo.

Ela destacou ainda que o trabalho do Lapvim é “uma realidade importante para a sociedade capixaba e brasileira” e citou o projeto Lei Maria da Penha vai à Escola, que neste ano será inserido em duas disciplinas do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Cariacica. “Não queremos mais, nem menos. Nós queremos respeito”, declarou.

A subsecretária de Políticas para Mulheres do Governo do Estado, Juliane Barroso, que representou a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, afirmou que a luta das mulheres é diária e que a transformação deve ocorrer na vida de todas. “Nós somos diversas. Por isso, o Plano Estadual de Políticas para Mulheres está sendo construído ouvindo o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher  e também a sociedade civil. A nossa orientação política é feminista e sabe a importância do diálogo. Que nosso 8 de março seja uma reflexão diária para construirmos uma sociedade mais justa para todas nós”, disse.

Discriminação

Para o reitor Reinaldo Centoducatte, a sociedade não deve aceitar nenhum tipo de discriminação e violência: “É impossível conceber que ainda exista violência, qualquer que seja, e principalmente contra as mulheres, que são nossas mães, irmãs, tias, avós. Pessoas que têm um papel fundamental para que a sociedade chegue a ser o que todos nós almejamos: um ambiente de harmonia, de fraternidade. Esse é mais um dos momentos da nossa Universidade na luta por uma sociedade melhor. E uma sociedade melhor só é efetivamente conquistada quando não tivermos nenhum tipo de discriminação, seja por sexo, por religião, por etnia ou por opções diversas, que cada um de nós tem o direito de exercer”.

Gestores, professores e estudantes da Universidade também participaram da solenidade, além da professora de Direito e corregedora do Ifes de Cariacica, Layla Gama.

Atualmente, a Ufes desenvolve diversas pesquisas sobre a condição da mulher na sociedade. Dentre elas, estão: Mulher e política. Gênero e feminismo na Assembleia Legislativa do Espírito Santo; Violência contra a mulher: mapeamento das denúncias registradas na Delegacia da Mulher (Deam) de Vitória; e Violência e sexo sem consentimento: a percepção de jovens e adolescentes.


Texto: Thereza Marinho
Foto: Danielle Gonçalves (estagiária de Comunicação)