Projeto da Ufes, Grupo Andora representa as danças populares brasileiras em festival de Portugal

24/04/2024 - 12:31  •  Atualizado 24/04/2024 14:06
Texto: Com informações e foto da Associação Cultural Andora     Edição: Thereza Marinho
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Na foto, integrantes do grupo Andora estão agachados e com mãos estendidas durante dança

Com 16 anos de atividade na formação e difusão das danças populares no Espírito Santo, o Grupo Andora é uma das atrações do Festival Internacional de Folclore, Culturas e Artes (FIFCA), que será realizado a partir desta quinta-feira, 25, até a próxima quarta, 1º de maio, na cidade de Almeirim, localizada na região do Ribatejo. Esta será a terceira participação do Andora no festival.

A equipe será composta por 37 integrantes, incluindo nove músicos, 22 dançarinos e seis membros de produção e apoio. No evento eles vão apresentar os espetáculos Samba em Movimento I, Samba em Movimento II e Reisado do Maracatu.

O grupo Andora é um projeto de ensino, extensão e pesquisa da Ufes realizado desde 2008. Além de Portugal, ele já se apresentou em países como França, México, Chile e Itália.

Riqueza e diversidade

A presidente da Associação Cultural Andora, Laís Loyola, explica que as peças retratam a riqueza e a diversidade das danças afro-brasileiras. “Samba em Movimento I conta a história do samba a partir dos terreiros, da capoeira e do samba de roda. Por sua vez, Samba em Movimento II percorre a transição do samba de terreiro e das pandeiradas até chegar ao samba-enredo. E Reisado do Maracatu faz a representação do Maracatu desde o seu surgimento, como cortejo da corte imperial, até os festejos, as divindades orixás e os cortejos do maracatu nação/baque virado”, descreve Loyola, referindo-se a um dos mais antigos ritmos afro-brasileiros, com origem em Pernambuco.

Todas as apresentações acontecerão dentro da programação do FIFCA, que vai contemplar as cidades de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos (Granho).

Multicultural

Além das apresentações em Almeirim, o Grupo Andora vai passar por cerca de seis cidades da região, tendo como base a vila de Benavente. A programação das comitivas internacionais incluirá performances em palcos montados nas cidades que participam do festival, escolas, instituições sociais, cortejos em locais públicos, oficinas, e visitas a espaços turísticos e históricos.

Companhias de países como Argentina, Eslováquia, Grécia, Kosovo, Moçambique, México, Polônia e Turquia confirmaram presença no FIFCA 2024, o que reforça o caráter multicultural do festival. Para a dançarina Cecília Nunes, cofundadora e coordenadora de Relações Internacionais do Grupo Andora, o retorno ao festival tem valor afetivo para os integrantes do grupo.

“Ir ao FIFCA pela terceira vez, dez anos após nossa última ida, é como ir ansiosamente ao reencontro do início, afinal, foi o nosso primeiro festival internacional, e ao reencontro com velhos amigos, os organizadores do festival, que nos proporcionaram um encontro amigável e pacífico com nossas raízes portuguesas”, observa a dançarina, que descreve Almeirim como a “cidade dos encontros”: “É uma cidade charmosa, bucólica e gentil que promove um convite ao encontro afetuoso entre culturas e povos”.

 

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