Núcleo Fênix apresenta resultados de pesquisa sobre consumo de álcool e drogas

27/05/2014 - 14:00  •  Atualizado 24/06/2014 17:20
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Por Cinthia Pimentel (*)

Nesta quinta-feira, 29, a partir das 9 horas, o Núcleo de Pesquisas Fênix, do Departamento de Serviço Social, vai apresentar no Salão Azul do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) os resultados da pesquisa “Políticas de atenção às questões relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Espírito Santo”.

O objetivo do evento é apresentar os resultados da pesquisa, que foi orientada pela professora e coordenadora do Núcleo, Fabiola Xavier Leal, que há 10 anos estuda o tema das drogas e suas conseqüências.

Panorama

O Núcleo Fênix foi criado em 2007 e tem como proposta central debater o produzir conhecimento para a área da saúde mental e drogas. A pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), contou com a participação das alunas bolsistas do curso de Serviço Social, Caroline Christine Moreira e Renata Santos de Jesus, e foi realizada ao longo de dois anos. O estudo foi feito nos 78 municípios do Estado, trazendo um panorama das políticas existentes sobre o consumo e enfrentamento do uso das drogas e a necessidade de implementação de ações de prevenção, recuperação e reinserção social dos usuários.

Durante a pesquisa foram avaliados os objetivos das instituições, rotinas de atendimento, infra-estrutura física e financeira, além de qualificação de recursos humanos. Dos 78 municípios identificou-se a existência de algum tipo de serviço em 48 municípios. Assim, 29 municípios não possuem acesso a nenhuma atenção na área de drogas.

“Esta pesquisa trouxe um conjunto de informações que possibilitará a gestores e instâncias de controle social o acompanhamento e a proposição de novas estratégias de ampliação das ações realizadas. Para intervir em uma realidade tão complexa como a Política sobre Drogas é necessário e urgente conhecer e problematizar a realidade. Ao expormos o cenário das instituições que atuam na Política sobre Drogas capixaba procuramos trazer a tona uma realidade que, muitas vezes, é conhecida somente por aqueles que estão envolvidos diretamente com a questão. Assim, nossa pretensão é contribuir para repensarmos essa realidade, principalmente em um contexto em que se prolifera e ideia equivocada de epidemia do crack”, destaca Fabiola.

Todos os dados levantados durante a pesquisa e as politicas necessárias para o enfretamento das drogas no Espírito Santo serão apresentadas no evento.

(*) Bolsista de projeto de Comunicação, supervisionada por Thereza Marinho