Professores do Centro Tecnológico e do Centro de Ciências Exatas da Ufes estão trabalhando em um projeto para a produção de protetores faciais a serem utilizados por profissionais de saúde neste momento de pandemia do novo coronavírus. Por enquanto, cem peças foram feitas nos laboratórios da Ufes, mas a proposta é chegar a 150 mil escudos, atendendo uma solicitação da Secretaria Estadual de Saúde.
“É algo caro e trabalhoso, mas, em dez dias, com a chegada dos insumos, vamos começar a produzir cerca de quatro mil protetores por dia”, prevê o professor do Departamento de Engenharia Elétrica Marcelo Segatto. Segundo ele, o projeto já conta com parcerias da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), das empresas ArcelorMittal e Geocontrol e do grupo de desenvolvedores capixaba ProtetorES.
O projeto envolve oito professores dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Matemática. Os docentes estão participando de todas as etapas, desde a concepção do projeto de fabricação, até o corte da peça, passando pela captação de recursos de empresas privadas.
“Formamos uma rede colaborativa para atender essa demanda do Governo do Estado. Estamos usando placas de acetado, que são cortadas numa máquina a laser, elástico e injeção de plástico para fazer o suporte”, explica Segatto. Segundo o professor, “se houver excedente na produção, será possível repassar para outros estados do país”.
Os protetores não substituem as máscaras, mas são a primeira camada de proteção para os profissionais de saúde, evitando que tenham contato com saliva e fluidos corporais de pessoas infectadas. A peça é uma barreira física transparente entre o paciente e o médico ou enfermeiro, podendo ser higienizada e reutilizada.
Obs.: Imagem ilustrativa.
Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho