Ufes 70 anos: Festival de dança leva mais de cem apresentações ao Teatro Universitário

02/05/2024 - 16:17  •  Atualizado 07/05/2024 12:00
Texto: Leandro Reis     Edição: Thereza Marinho
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Grupo de bailarinas, vestidas cada uma de uma cor, fazem apresentação de dança contemporânea em um palco

Um rico panorama da dança capixaba chega ao Teatro Universitário neste fim de semana, no II Festival de Dança Dia D. Em quatro sessões, totalizando 120 apresentações, cerca de 400 bailarinos de 40 grupos do Espírito Santo sobem ao palco para executar coreografias de balé clássico, dança contemporânea, jazz, danças urbanas e outros estilos.

Os espetáculos acontecem no sábado e no domingo, às 14 e às 19 horas. Os ingressos custam R$ 40 (meia, ou mediante doação de 1 quilograma de alimento não perecível) e R$ 80, e estão à venda nas Óticas Diniz (shoppings Vitória, Vila Velha, Praia da Costa, Mestre Álvaro; e Av. Central, em Laranjeiras), Lojas Origens (shoppings Vitória, Vila Velha, Praia da Costa; e Praia do Canto e Praia de Camburi) e pelo site LeBillet.

O festival faz parte da programação do aniversário de 70 anos da Ufes, que começa nesta sexta-feira, 3, com um concerto especial da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) no Teatro Universitário, no qual serão apresentadas peças como Anita Garibaldi, de Catarina Domenici, D’un matin de printemps, de Lili Boulanger, e Em memória, de Silvia de Lucca.

Visibilidade

Organizada pela Vix Cia. de Dança, a segunda edição do festival recebeu inscrições gratuitas durante os meses de março e abril, sem restrição de modalidade. “Nosso objetivo sempre foi fazer um encontro com todo o mundo da dança”, afirma a diretora da companhia, Poti Ara Bolzan. “Somos uma categoria muito forte no estado, com muitas escolas e bailarinos, mas com pouca visibilidade. Algumas escolas não conseguem dançar nem uma vez por ano”.

Duas bailarinas com vestidos claros fazem coreografia em um palco.

A diretora diz que, com o apoio da Ufes, o festival dobrou de tamanho em relação à primeira edição. “Isso possibilitou muito mais escolas se inscreverem, pela facilidade de escolher os horários. E devemos ter pelo menos o dobro de público também”, diz a diretora.

Debates

Além das apresentações, a programação contará com duas rodas de conversa com profissionais da dança no estado, abertas ao público, no sábado e no domingo, a partir das 17 horas. Segundo Bolzan, os debates são uma forma de valorizar os artistas locais e levar ao público um pouco da realidade de quem vive de dança no Espírito Santo.

“Uma coisa que incomodava a gente era a valorização que os artistas de fora têm, mas não os daqui. Temos muitos ‘monstros’ da dança no estado, bailarinos conhecidos, escolas grandes, excelentes profissionais. É importante a gente discutir as problemáticas e como melhorar a nossa realidade”, afirma.

Fotos: Divulgação

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