Metrópolis realiza sessão gratuita em homenagem ao cineasta Ramon Alvarado

02/03/2016 - 14:55  •  Atualizado 03/03/2016 16:13
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O Cine Metrópolis realiza nesta quarta-feira, 2, às 19h30, uma sessão especial em homenagem ao cineasta Ramon Alvarado. A sessão faz parte da programação das atividades de recepção aos estudantes, é gratuita e aberta ao público em geral.

Ramon Alvarado é um dos precursores do cinema no Espírito Santo. Em 1965 criou, junto com Edgar Bastos, o Cineclube Alvorada, importante espaço de cinefilia de Vitória. Além disso, ele dirigiu o curta-metragem Indecisão, considerado o primeiro filme de ficção produzido em Vitória e que em 2016 completa 50 anos, assim como o cineasta, que comemora meio século de atividade contínua no meio cinematográfico. 

Apesar de ter inaugurado o ciclo de cinema amador capixaba, o filme Indecisão é considerado desaparecido pelos pesquisadores. A obra foi filmada em 16mm e revelou, além de Ramon, outros jovens cineastas capixabas como Antônio Carlos.

Ramon Alvarado destacou a importância de dar visibilidade a profissionais que, como ele, atuam de forma independente: “É importante  esse  apoio dado a cineastas que trabalham fora dessa ordem intervencionista, pois ela passou a dominar o nosso cinema, excluir pessoas, frustrar talentos e impedir o livre desenvolvimento do cinema brasileiro”.

Confira a programação:

O Mastro do Bino Santo (foto), de Ramon Alvarado (Brasil, 1971, cor, 10’’)
Documentário sobre a Festa da Puxada e Fincada do Mastro de São Benedito, que anualmente se realiza na Serra. Produzido em 1971.

Um Belo Dia - Vitória 1935, de Luis Gonzáles Batán (Brasil, 1935/1990, P&B, 5’’)
O primeiro registro cinematográfico da cidade de Vitória (ES), realizado entre 1935 e 1938 por Luis González Batán, utilizando uma filmadora alemã de 16 mm. Além da cidade, ele filmou a família e a si próprio. O vídeo é resultado da montagem desse material, produzida no final da década de 1990 por seu filho Ramon Alvarado.

Floresta da Tijuca, de Ramon Alvarado (Brasil, 1980, cor, 8’’)
Estudo sobre a permanente ameaça à natureza. A destruição e o reflorestamento da Floresta da Tijuca, durante o segundo império.

Brincadeira dos Velhos Tempos?, de Ramon Alvarado (Brasil, 1977, cor, 11’)
A recreação e a arte de empinar (e fazer) papagaios na cidade do Rio de Janeiro onde os arranha-céus, a fiação dos postes e uma lei municipal, as desestimulam.

O Ciclo da Paixão, de Luiz Tadeu Teixeira (Brasil, 1999, cor, 13’)
Uma história de amor em quatro estações (O Encontro, A Descoberta, A Entrega, O Desencontro), conduzida por um caçador de imagens. Ele vagueia pela cidade enquanto a madrugada o atravessa.

A Sabotagem da Moqueca Real, de Ricardo Sá (Brasil, 2003, cor 14’)
Um jovem revolucionário decide fazer uma pirataria de TV para mostrar a verdadeira face do imperialismo no Brasil.

 

Texto: Stefhani Paiva (bolsista de projeto de Comunicação)
Edição: Thereza Marinho