Entidades discutem parcerias para ações no Rio Doce

14/06/2016 - 14:29  •  Atualizado 15/06/2016 12:07
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Teve início na manhã desta terça-feira, 14, uma série de reuniões e oficinas entre pesquisadores da Ufes, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e representantes de órgãos ambientais para a elaboração de um Termo de Referência de monitoramento do Rio Doce e área marinha afetada pelos rejeitos da Samarco. As atividades vão durar dois dias e estão ocorrendo no auditório da Pós-Graduação em Física, no campus de Goiabeiras.

Na abertura da reunião, o reitor Reinaldo Centoducatte destacou as ações que vêm sendo realizadas pela Universidade ao longo dos últimos sete meses: “A comunidade acadêmica de diferentes áreas trabalham para entender essa que foi a maior tragédia ambiental ocorrida no Brasil e, assim, apontarem soluções que sejam favoráveis à sociedade. Este encontro é outro marco nessa busca de caminhos que visam também construir respostas emergenciais para eventos como esse”.

Ele também ressaltou que, apesar das dificuldades financeiras que as instituições estão passando, a Ufes tem tentado manter o compromisso de dar respostas e propor ações para a recuperação do Rio Doce e do litoral capixaba nas áreas social e ambiental com uma rede envolvendo mais de 110 pesquisadores, servidores técnicos e estudantes.

Também está participando das atividades na Ufes o presidente substituto do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Marcelino de Oliveira (foto). Ele destacou o entendimento do ICMBio de que são as universidades é que devem ter a responsabilidade de cuidar dos estudos e monitoramentos dos impactos causados pela tragédia. “A Samarco entende que pode simplesmente contratar uma empresa de consultoria. Esta é uma diferença fundamental sobre o que defendemos. Devemos incrementar o arranjo de parcerias que já vem ocorrendo desde novembro entre universidades e órgãos ambientais”.

O presidente substituto do ICMBio defende que este caminho é mais eficiente, pois dá conta de acompanhar as ações a longo prazo. “Não queremos uma empresa cuidando de tudo e ter de criar um sistema de pesquisa que exista como mero realizador de contraprovas”, ressaltou.

Também estão participando do encontro dirigentes e representantes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). Eles apresentaram suas planilhas de trabalho à comunidade acadêmica para em grupos temáticos trabalharem no Termo de Referência que será entregue ao ICMBio.

 

Mais informações sobre as ações realizadas pela Universidade, basta acessar o portal da Rede Ufes-Rio Doce