Conceito de economia destruidora será discutido em seminário a partir do dia 24

17/10/2023 - 11:33  •  Atualizado 17/10/2023 20:07
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O Laboratório de Estudos Urbano-Regionais, das Paisagens e dos Territórios (Laburp) realiza no período de 24 a 27 de outubro o Seminário Economia Destruidora e Energia no Litoral do Sudeste do Brasil. O evento acontecerá no Auditório do prédio IC-II, no Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), campus de Goiabeiras. 

Dentre os objetivos do evento estão debater e esclarecer o conceito de  economia destruidora, termo utilizado pelo geógrafo francês Jean Brunhes para se referir aos riscos e perigos que as explotações (tirar proveito financeiro de uma área buscando seus recursos naturais) e explorações provocam ao meio ambiente.

O Seminário é gratuito, presencial e aberto a pesquisadores, professores e estudantes de Geografia, além de pessoas de outras áreas interessadas no tema. Receberão certificados os participantes que comparecerem a pelo menos 75% das atividades. Os interessados podem se inscrever até o dia do evento por meio de formulário on-line disponível no site do evento

“O evento busca debater as pesquisas relativas às questões de poluição e de destruição do meio ambiente provocadas por indústrias e pela mineração, bem como visa discutir a questão da transição energética e seus impactos, destaca o coordenador do Laburp e organizador do Seminário, professor Cláudio Zanotelli. 

Além dessas questões, durante o seminário serão abordados temas como a economia destruidora, seus efeitos e a transformação das paisagens no litoral do estado do Espírito Santo; povos e territórios; apropriações de espaços por empresas; aquecimento global; processos industriais; e poluentes; entre outros.

Abertura

A conferência de abertura será no dia 24, a partir das 18h30, e será proferida pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcelo José de Souza, que falará sobre Um olhar brasileiro sobre o capitaloceno: multiescalaridade do sofrimento e das injustiças ambientais. Em seguida, será exibido o vídeo O vale das águas e das amarguras, produzido pelo servidor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e mestrando da Ufes Lincoln Duque de Barros.

Também estarão presentes no evento palestrantes das universidades de Campinas (Unicamp) e Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), além de representantes das comunidades de pescadores e indígenas e de associações comunitárias. 

No dia 27 de outubro, será realizada uma visita de campo a Aracruz e a Regência, com saída em frente ao Teatro Universitário, às 7 horas. O objetivo da visita é observar algumas infraestruturas ativas ou abandonadas pela indústria do petróleo e também visualizar os efeitos da indústria minerária. A previsão de retorno é às 18 horas. Esta atividade tem vagas limitadas devido ao número máximo de passageiros no transporte.

Sobre o Laburp

O Laburp é um laboratório vinculado ao Departamento de Geografia da Ufes que visa a realização de pesquisas sobre as regiões e os fenômenos de regionalização; polarizações e distritos industriais; a constituição de espaços e de territórios ligados a equipamentos e infraestruturas industriais e portuárias (geoeconomia); e fenômenos urbanos, associando aspectos ligados às populações e à demografia. O laboratório também abrange pesquisas com foco em perspectivas das análises relativas às paisagens e aos territórios. Outras informações sobre o Laburp estão disponíveis em https://blog.ufes.br/laburp.

 

Conheça a programação completa

24 de outubro

18h30  - Conferência de abertura - Um olhar brasileiro sobre o capitaloceno: multiescalaridade do sofrimento e das injustiças ambientais
Exibição do vídeo O vale das águas e das amarguras 

25 de outubro

8h -  Painel 1 – A economia destruidora e a transformação das paisagens no litoral do Espírito Santo
14h - Painel 2 – Povos e territórios atingidos

26 de outubro

08h -  Painel 3 – Há transição energética?
14h -  Painel 4 – Antropoceno, Capitaloceno ou outros cenos?

27 de outubro

7h às 18h -  Visita a campo no norte do Espírito Santo

 

Texto: Thaísa Mascarenhas (bolsista em projeto de Comunicação)
Edição: Thereza Marinho