Cine Metrópolis: La Cama e Família Submersa são as estreias da semana

25/04/2019 - 15:24  •  Atualizado 25/04/2019 15:24
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La Cama (foto) e Família Submersa são as estreias do Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras, para a semana de 25 de abril a 1º de maio. O público que ainda não viu a obra Chuva é cantoria na aldeia dos mortos e o documentário Mussum: o filme do Cacildes ainda tem a chance de assisti-los nesse período.

O cinema também traz a Mostra Cinemas em Rede, evento gratuito que apresentará o filme Viajo porque preciso, volto porque te amo. Após a exibição, haverá debate com a diretora de fotografia, Heloisa Passos, com transmissão por videoconferência.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), e estudantes da Ufes têm entrada gratuita.

Confira a programação completa.

La cama (16 anos)

Com poucos diálogos, esse filme, coproduzido por Argentina, Brasil, Holanda e Alemanha, conta a história de Jorge, 60 anos, e Mabel, 59, um casal que decide se divorciar após 30 anos de casamento. Com a venda da casa em que viviam, eles têm as últimas 24 horas sob o mesmo teto e vivenciam a nostalgia, a cumplicidade e a sexualidade que restaram dessa relação.

O filme de Mónica Lairana revela o processo de luto e redescoberta dos personagens durante a separação.

Sessões: quinta-feira, 25, às 17h20; sexta-feira, 26, às 15h10; domingo, 28, às 18h; terça-feira, 30, às 19h30; quarta-feira, 1º, às 16h.

 

Família Submersa (12 anos)

Coprodução entre Argentina, Brasil, Alemanha e Noruega, esse filme, dirigido por Maria Aché, acompanha o sofrido processo de luto passado por Marcela, abalada pela morte repentina da irmã Rina. Ainda assim, a rotina de Marcela não é interrompida e ela precisa desempenhar uma série de tarefas diárias, incluindo esvaziar o apartamento da irmã.

Nesses momentos de dor, Marcela encontra vestígios das vidas das mulheres de sua família. Daí,surgem questões de como ela realmente está vivendo seus dias.

Sessões: quinta-feira, 25, às 15h10; sexta-feira, 26, às 17h20; segunda-feira, 29, às 16h.

 

Chuva é cantoria na aldeia dos mortos (livre)

Essa coprodução luso-brasileira é um ensaio sobre a virtude, as tradições e os rituais dos povos indígenas brasileiros da etnia Krahô. A cineasta brasileira Renée Messora e o diretor português João Salaviza gravaram o filme durante nove meses, depois de ter passado uma longa temporada na aldeia Pedra Branca, terra indígena Krahô, no Tocantins, onde vivem 3.500 pessoas.

Na obra, os índios interpretam eles mesmos, falando em seu próprio idioma. Rodado em película 16 milímetros, o longa acompanha Ihjãc, um jovem Krahô que, após um encontro com o espírito do seu pai, vê-se obrigado a realizar sua festa de fim de luto.

Ihjãc rejeita esse dever e, numa tentativa de escapar de se transformar em xamã, foge para a cidade. Longe do seu povo e de sua cultura, ele vai enfrentar a realidade de ser índio no Brasil atual.

O filme foi premiado no Festival de Cannes, com o Prêmio Especial do Júri da Mostra Un Certain Regard.

Sessões: domingo, 28, às 18h; terça-feira, 30, às 16h; quarta-feira, 01º, às 17h40.

 

Mussum: o filme do Cacilds (livre)

Com direção de Susanna Lira, narração de Lázaro Ramos e trilha sonora de Pretinho da Serrinha, esse documentário de 75 minutos conta a trajetória do músico e comediante Antônio Carlos Bernardes, que deu início à sua carreira ao fundar Os Originais do Samba, em meados de 1960, no qual atuou como vocalista.

Em 1973, juntou-se ao grupo Os Trapalhões, formando o quarteto que revolucionou a forma de fazer humor na TV brasileira. O filme, porém, apresenta o outro lado do artista, como sua responsabilidade com as finanças e a rigidez na educação dos cinco filhos.

Mussum morreu em 1994, aos 53 anos, vítima de complicações ocorridas após um transplante de coração.

Sessões: segunda-feira, 29, às 16h; terça-feira, 30, às 18h.

 

Cinemas em Rede

O Cinemas em Rede, projeto nacional do qual o Cine Metrópolis faz parte, traz para o público o filme Viajo porque preciso, volto porque te amo, dos diretores Marcelo Gomes e Karim Aïnouz. A obra apresenta o geólogo José Renato, 35 anos, que foi designado para avaliar o possível percurso de um canal que será feito no sertão nordestino, desviando as águas do único rio caudaloso da região.

O filme é todo em primeira pessoa, e o protagonista nunca aparece em cena. Com a crescente sensação de isolamento e tristeza, Renato passa a sofrer com saudades da esposa, deixada para trás. Não demora para que a verdadeira história do narrador venha à tona.

O Cinemas em Rede tem como objetivo contribuir para a articulação de um circuito universitário de exibição audiovisual. As salas escolhidas são abertas ao público, de forma gratuita, e o conteúdo das exibições é disponibilizado pelas próprias instituições participantes do projeto.

O filme Viajo porque preciso, volto porque te amo será exibido simultaneamente na Ufes e em outras oito instituições: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Comunicação e Artes da Usp (ECA/Usp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Sessão: quinta-feira, 25, às 19h.

 

Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho