Ufes, Sejus e TJ reafirmam parceria para o projeto Universidade no Cárcere

07/11/2017 - 16:28  •  Atualizado 08/11/2017 16:27
Compartilhe

A reitora em exercício da Ufes, Ethel Maciel, assinou um Termo de Cooperação Técnica com o Tribunal de Justiça e o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Justiça, na tarde desta terça-feira, dia 7, para continuidade das ações do projeto Universidade no Cárcere, com o propósito de induzir, incentivar e implementar um conjunto de ações para as pessoas privadas de liberdade, os egressos e seus familiares, na busca do fortalecimento da garantia de direitos e do enfrentamento dos graves problemas do sistema prisional.

Além disso, o projeto é uma oportunidade para que estudantes e professores da Universidade tenham uma vivência solidária, humanitária e a práxis necessária dentro das ações propostas, possibilitando melhor qualificação para a vida profissional. “Esse termo vai permitir uma série de investigações acadêmicas que podem fornecer informações e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas nessa área”, destacou Ethel.

O termo, com validade por dois anos, também foi assinado pelo secretário geral do Tribunal de Justiça, Marcelo Tavares de Albuquerque, representando o presidente do Tribunal de Justiça, e pelo secretário estadual de Justiça do Espírito Santo (Sejus), Walace Tarcísio Pontes. Também participaram da solenidade a juíza e coordenadora do programa Cidadania nos Presídios, Gisele Souza de Oliveira, a gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper do Nascimento, e a pró-reitora de Extensão da Ufes, Angélica Espinosa.

Ações

A Ufes participa do projeto desde 2016 e, atualmente, está com quatro iniciativas em execução nas áreas de Saúde, Direito, Filosofia e Artes. “Além de ações voltadas para os apenados e egressos do sistema prisional, o Termo também prevê parcerias para formação e qualificação dos servidores da justiça”, enfatizou Angélica Espinoza.

Para o secretário geral do Tribunal de Justiça, Marcelo Tavares de Albuquerque, essa é uma oportunidade de todas as instituições se reinventarem. “É uma solução de custo zero para a sociedade, governo e universidade”.

Já o secretário de Justiça, Walace Pontes, destacou que a saída para o sistema prisional passa pelo processo de ressocialização. “Temos hoje um déficit de aproximadamente sete mil vagas no sistema prisional capixaba. Isso representa 10 novas unidades a um custo de 35 milhões de reais cada e a sociedade capixaba não suporta isso. Nossa meta é ressocializar e devolver o cidadão para o convívio social. Com esse termo colocamos a inteligência da academia ao nosso lado para atingirmos essa meta”, enfatizou.


Texto: Hélio Marchioni
Edição e foto: Thereza Marinho