Universidades e institutos apresentam balanço sobre a tragédia de Mariana

27/08/2018 - 17:16  •  Atualizado 03/11/2020 18:32
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A Ufes, juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), realizam nesta terça-feira, 28 de agosto, a partir das 8h30, um encontro para a apresentação de um panorama das realizações e conhecimentos produzidos por elas e também pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), até o momento, sobre o impacto do rompimento da barragem de propriedade da Samarco, em Fundão, na qualidade do ambiente e na biodiversidade aquática. O evento será realizado no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos (LabPetro), no campus de Goiabeiras.

Após o encontro, a Ufes também sedia, às 10h30, um evento de iniciativa conjunta da Fundação Renova - ente responsável pela criação, gestão e execução das ações de reparação e compensação das áreas e comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão  - e da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio), ligada ao ICMBio. Está na programação desse evento o Workshop de Alinhamento do Plano de Trabalho Fundação Renova-Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest).

O plano de trabalho é relativo ao acordo de cooperação técnico-científica firmado entre Fundação Renova e Fest no último mês de julho para a realização de um programa de monitoramento da biodiversidade aquática da área ambiental I, que contempla a porção capixaba do Rio Doce e a região marinha que vai de Guarapari até Abrolhos.

As pesquisas serão realizadas pela Rede Rio Doce Mar, uma rede de pesquisa integrada por pesquisadores de 23 instituições, da qual a Ufes é a coordenadora, por meio dos professores Edmilson Teixeira, do Departamento de Engenharia Ambiental; Alex Bastos, do Departamento de Oceanografia, e Eustáquio Vinícius Ribeiro de Castro, do Departamento de Química. 

Aprovado o plano de trabalho na CTBio, ligada ao Comitê Interfederativo (Cif), a partir de setembro a Rede Rio Doce Mar dará início efetivo ao Programa de Monitoramento, que deverá analisar de microorganismos a baleias, manguezais e restingas, além de qualidade da água do rio, de lagos e do mar, vazão, nutrientes, sedimentos, condições de marés, ondas e praias.

O professor Edmilson Teixeira destaca que a pesquisa prevista no acordo de cooperação técnica será executada em 16 meses, período referente à primeira etapa do programa de monitoramento, previsto para durar pelo menos cinco anos.


Texto: Ana Paula Vieira
Foto: Arquivo ICMBio
Edição: Thereza Marinho