A Ufes vibrante

27/01/2018 - 15:39  •  Atualizado 30/01/2018 13:03
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Confira artigo do reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, publicado no jornal A Tribuna do último dia 23:
 
 
Torna-se sistemático o estratégico movimento de corrosivos ataques às instituições públicas de ensino superior, e que ignora um fator crucial: as universidades representam um valioso patrimônio do povo brasileiro e se constituem em principais centros de excelência do país na produção do conhecimento. A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em particular, não escapa às conjecturas de setores corporativos que associam a instituição a falsos processos de sucateamento, de dilapidação da sua infraestrutura e de baixa produtividade. A realidade, contudo, lança luzes sobre essa questão distorcida e revela uma Universidade vibrante e produtiva, plural e inclusiva.
 
 
Mesmo diante da grave crise econômica, política, social e moral que compromete orçamentariamente as instituições públicas, a Ufes mantém, com planejamento, juntamente com as demais universidades, a eficiência administrativa necessária ao equilíbrio financeiro, impulsionada pelo protagonismo de docentes, técnicos administrativos em educação e estudantes. O governo federal reconhece as fragilidades da economia para justificar as restrições orçamentárias a partir da Emenda Constitucional do Teto de Gastos, aprovada em 2016. A urgência por reformas, mesmo no obscuro cenário político do país, aprofunda as dificuldades. 
 
 
A Ufes desenvolve suas atividades na capital e no interior em área construída de 302 mil m². Laboratórios com equipamentos e instalações de ponta totalizam 22 mil m², e um quadro de 83,5% de professores com doutorado e 12,2% com mestrado eleva sua qualidade. Abriga a maior biblioteca pública do Estado, disponibilizando meio milhão de livros para a comunidade acadêmica e para os capixabas, e, anualmente, milhares de profissionais qualificados são formados em 102 cursos de graduação.
 
 
Mantém ativo o seu Hospital Universitário, que se constitui na principal instituição pública de saúde do Estado – com atendimento 100% pelo SUS – e onde são desenvolvidas pesquisas avançadas. O reconhecimento externo se evidencia, cada vez mais, com a atuação de seus pesquisadores em importantes comitês técnicos de diferentes agências nacionais e internacionais. A Organização Mundial da Saúde é um exemplo. Com meta na excelência, oferece 62 cursos de mestrado e 26 de doutorado, com bem-sucedidas avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Cerca de 2 mil professores e estudantes da Ufes são bolsistas da Capes, CNPq e Fapes, com o desenvolvimento de inúmeras linhas de pesquisas.
 
 
Em 2017 a Universidade ultrapassou a marca de mil artigos/ano publicados em periódicos indexados – revistas que compõem bases de dados reconhecidas internacionalmente – demonstrando sua significativa produtividade. Diversos pesquisadores – professores e estudantes – receberam premiações internacionais recentes – um reconhecimento mundial da comunidade científica. O alcance social da Ufes, por sua vez, pode ser aferido em 94 programas de extensão que contemplou um público de 360 mil pessoas em 2017. Tamanha produtividade é plenamente reconhecida pela sociedade. Assim, ao se consolidar como vigorosa instituição de ensino, pesquisa e extensão, a Ufes – próxima dos seus 64 anos de trajetória – está vibrante e preparada para o futuro, construindo novos e promissores ambientes para a formação acadêmica qualificada. A Ufes foi, é e será um pilar fundamental para o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil.  
 
Reinaldo Centoducatte