Surto de sarampo alerta para a necessidade de atualizar carteira de vacinação

24/10/2018 - 18:53  •  Atualizado 29/10/2018 18:32
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A Ufes, em colaboração com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), orienta toda a comunidade acadêmica a regularizar sua imunização, especialmente em relação ao sarampo. Segundo informações do Ministério da Saúde, o Brasil passa este ano por um novo surto de sarampo, com mais de dois mil casos registrados, com 12 óbitos registrados até outubro.

Depois da vacina recebida contra essa doença aos 12 e aos15 meses, devem ser tomadas mais duas doses com os componentes sarampo, caxumba e rubéola, até os 29, anos, e uma terceira dose até os 49 anos. Além disso, os trabalhadores da área da saúde devem ter duas doses da vacina tríplice viral, independentemente da idade.

Contaminação

A médica da Gerência de Vigilância em Saúde da Sesa, Elizabeth Madeira, alerta para a necessidade da campanha vacinal preventiva no estado, por causa da facilidade de circulação interestadual do vírus que causa a doença. “A característica do sarampo é a facilidade de sua disseminação, já que é uma doença muito contagiosa, com transmissão pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias. O vírus é expelido pelo doente ao tossir, falar ou respirar”, afirma.

Ela explica ainda que, entre os sintomas da doença, estão febre e manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse, coriza ou conjuntivite. 

O infectologista Paulo Peçanha, professor do Departamento de Clínica Médica da Ufes, explica que diferentes situações podem levar ao agravamento da doença e à morte por sarampo: “Problemas nutricionais, por exemplo, deixam a pessoa mais vulnerável. O paciente pode também apresentar, junto com o sarampo, quadros de pneumonia, agravando sua situação de saúde”.

Segundo o professor, a baixa imunização no país, aliada ao fluxo de pessoas do Brasil para países na Europa, onde já estavam ocorrendo surtos de sarampo, bem como a entrada de imigrantes pelo norte do país, trazendo o vírus da doença, foram responsáveis pelos casos em território nacional, tanto no ano passado, quanto em 2018.

Imunize-se

Quem ainda não recebeu as doses de reforço contra sarampo e outras doenças deve procurar as salas de vacinação das unidades de saúde em todos os municípios do estado. Mesmo se a pessoa não tem mais a carteira de vacinação poderá receber a vacina tríplice viral de acordo com a sua faixa etária ou situação de risco.

Essa vacina é ofertada na rotina dos serviços, de acordo com o calendário nacional de vacinação. “Essa vacina é a principal medida de controle do sarampo e é muito efetiva para prevenir o adoecimento e, assim, evitar surtos da doença e óbitos”, destaca Elizabeth Madeira. 

 

Texto: Nábila Corrêa
Foto: Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)
Edição: Thereza Marinho