Solenidade pelo Dia Internacional da Mulher é marcada por discursos contra a violência

08/03/2019 - 16:03  •  Atualizado 01/11/2022 09:23
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“Que nenhuma família tenha que enterrar suas mulheres, que nenhum filho tenha que chorar por sua mãe. Nós precisamos mudar essa realidade”. Foi com essas palavras que a vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, resumiu o simbolismo da solenidade de hasteamento da bandeira do feminismo e em defesa da igualdade de gênero, realizada nesta sexta-feira, 8, no campus de Goiabeiras.

Ela, que vestiu preto em sinal de luto por todas as mulheres vítimas da violência, disse ainda que é preciso lutar para que o número de mulheres violentadas e assassinadas no Espírito Santo seja coisa do passado. “Hoje é um dia de lembrarmos todas as mulheres que morreram para que nós tivéssemos aqui hoje. Nós estamos vivas e lutaremos pela vida de todas as mulheres. A nossa luta acontece todos os dias”, afirmou.

Desigualdade

A vice-governadora Jaqueline Moraes lembrou que há conquistas a comemorar, mas ainda muito por fazer, principalmente no que diz respeito à violência contra as mulheres: “A presença do governo aqui com a Universidade é para dizer que a Universidade tem um papel muito importante na mudança dessa realidade. É muito importante o Governo do Estado ter a Ufes como parceira nesse enfrentamento contra a violência. Nós somos contra a desigualdade de todas as formas e vamos unir forças. No nosso governo, a parcela da sociedade que muitas vezes não tem voz e não tem vez, terá voz e terá vez”.

O reitor Reinaldo Centoducatte encerrou a solenidade explicando a importância do ato realizado: “Este ato propõe uma reflexão importante que temos que fazer. Se analisarmos o processo histórico das civilizações, percebemos o subjugar pela força. Todas as bandeiras que hasteamos estão associadas ao compromisso da universidade, em especial da Universidade Federal do Espírito Santo, com a busca pela igualdade, pelo respeito. Esse momento reflete o compromisso da Ufes em garantir o processo emancipatório das sociedades e, em particular, das mulheres. A Ufes marca mais uma vez seu compromisso com a emancipação da forma mais ampla possível”.

A solenidade de hasteamento foi realizada em frente ao Teatro Universitário e também contou com a presença da secretária da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) do Estado, Cristina Engel; a subsecretaria de Políticas para Mulheres do Governo do Estado, Juliane de Araújo Barroso; a professora do Departamento de Direito e primeira mulher a ocupar a chefia do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Catarina Gazele; de representantes da Comissão Permanente de Direitos Humanos da Ufes; de pesquisadoras do Laboratório de Pesquisa sobre Violência Contra a Mulher no Espírito Santo (Lapvim/ES); e de membros das comissões de Prevenção de Assédio Sexual e Violência de Gênero na Universidade, e de Humanização nas Relações de Trabalho, Mediação de Conflitos e Prevenção do Assédio Moral; além de gestores, professores e servidores técnicos da Universidade.


Texto: Thereza Marinho
Foto: Jorge Medina