Pesquisadora da Ufes recebe prêmio em Nova York

31/05/2016 - 21:26  •  Atualizado 01/06/2016 18:23
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A pesquisadora de pós-doutorado no Programa de Biodiversidade Tropical do campus da Ufes em São Mateus, Celília Kierulff, recebe na noite desta terça-feira, 31, um dos mais importante prêmios na área de conservação ambiental. Trata-se do Sabin Conservation Prize, na categoria "Primatas", concedido desde 2013 pela Andrew Sabin Family Foundation a pesquisadores que se destacam internacionalmente na proteção de espécies de anfíbios, tartarugas e primatas criticamente ameaçadas. Ela é a primeira brasileira agraciada com o prêmio.

Cecília Kierulff especializou-se em macacos desde sua graduação em Biologia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no final dos anos 1980; passando a dedicar-se a micos-leões dourados em seu mestrado, também na UFMG, em 1993; e em seu doutorado na University of Cambridge, na Inglaterra, em 2000. Ela atuou como pesquisadora em diversas instituições, como a Associação Mico-Leão Dourado, o Zoológico de São Paulo, o Instituto Pri-Matas e a Reserva Natural da Vale. Entre 2011 e 2012, teve seu primeiro vínculo com a Ufes como professora substituta, e desde 2014 está atuando no Programa de Biodiversidade Tropical, em São Mateus, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

As atividades mais recentes de Cecília Kierulff, e que fez com que ganhasse destaque internacional, são as pesquisas de "Caracterização genética da população de micos-leões-de-cara-dourada introduzidos em Niterói" e o "Programa de remoção de mico-leão-de-cara-dourado invasor na área de ocorrência do mico-leão-dourado". Os objetivos são os de analisar a variabilidade genética dos micos-leões-de-cara-dourada invasores no Rio de Janeiro visando um futuro manejo da população para a Bahia, pois desde 2002 são observados tais primatas em um trecho de Mata Atlântica no município de Niterói, onde não ocorrem naturalmente, mas foram acidentalmente soltos na área. A introdução de outra espécie pode comprometer a sobrevivência dos micos-leões-dourados das regiões vizinhas, daí a importância das ações da pesquisadora.