ONU realiza primeira reunião mundial sobre tuberculose. Ufes presente

26/09/2018 - 10:12  •  Atualizado 26/09/2018 18:26
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Pela primeira vez na história da ONU, chefes e ministros de Estado se reúnem nesta quarta-feira, 26, para participar da Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose. A proposta é definir estratégias globais para acabar com a epidemia de tuberculose (TB) até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O evento, normalmente restrito a chefes de Estado, desta vez contará com a participação de pesquisadores, entre eles a professora e pesquisadora do Departamento de Enfermagem da Ufes, Ethel Maciel, que fará parte da delegação brasileira na reunião.

A reunião, que terá como tema "Unidos para acabar com a tuberculose: uma resposta global urgente a uma epidemia global", acontece em Nova York e será um marco para a conscientização acerca do problema e pretende promover uma mobilização mundial, com o comprometimento dos governantes para a eliminação da doença.

"Este evento é o mais importante em nível mundial e dele espera-se que seja firmada uma Declaração Política sobre Tuberculose, endossada pelos chefes de Estado, que fortalecerá a ação e os investimentos para eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030, resultando na preservação de milhões de vidas", explica a pesquisadora, que também é vice-reitora da Ufes e desde 2016 integra o comitê técnico da Organização Mundial de Saúde (OMS) para auxiliar os países com elevados índices de tuberculose a combater a doença.

Mortalidade

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, 1,7 milhão de pessoas morreram por causa da infecção — 25% dos óbitos foram registrados entre indivíduos vivendo com HIV.

Também em 2016, o déficit estimado de financiamento para os programas de TB era de US$ 2,3 bilhões. Além disso, houve uma queda de US$ 1,2 bilhão nas pesquisas científicas sobre TB. A necessidade urgente de aumentar os investimentos em inovação será destacada como parte dos esforços para trazer diagnósticos e tratamentos do século XXI e uma vacina para a resposta à tuberculose.

“Não vamos eliminar a tuberculose com apenas uma abordagem de cima para baixo. Devemos trabalhar juntos para capacitar as comunidades para apoiar a luta contra a TB. Este movimento deve ir muito além da comunidade médica”, disse Soumya Swaminathan, vice-diretora-geral da OMS.

 

Texto: Thereza Marinho, com informações do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS)
Foto: ONU Brasil