Ministério da Educação realiza reunião de mobilização contra o Aedes aegypti

02/02/2016 - 11:34  •  Atualizado 03/02/2016 11:53
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O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, realizou na manhã desta terça-feira, 2, em Brasília, uma reunião de mobilização com os pró-reitores de Extensão das universidades federais e institutos federais de ensino para apresentar as ações do Ministério no combate ao zika vírus e suas consequências, além da estratégia de divulgação de uma campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti nas escolas.
 
A pró-reitora de Extensão da Ufes, Angélica Espinosa, participou da reunião, que contou também com a presença de representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
 
Segundo informações da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), nos dias 19 e 26 de fevereiro e 4 de março será realizada uma mobilização da educação nacional de combate ao mosquito. Nestas datas, as escolas, além de discutirem internamente o tema, farão ações de combate ao Aedes aegypti em suas comunidades.
 
A intenção é que as instituições federais de ensino participem da mobilização construindo programas com atividades de médio e longo prazo nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.
 
Emergência
 
Nesta segunda-feira, 1, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o vírus zika e microcefalia “emergência pública internacional” na primeira reunião do Comité de Emergência que trata dos recentes casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos em áreas afetadas pelo vírus zika, sobretudo nas Américas. O país mais atingido é o Brasil.
 
O Secretariado da OMS informou ao Comitê sobre a situação dos casos de microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré, circunstancialmente associados à transmissão do vírus zika. As representações do Brasil, França, Estados Unidos e El Salvador apresentaram as primeiras informações sobre uma potencial associação entre a microcefalia – bem como outros distúrbios neurológicos – e a doença provocada pelo vírus zika.
 
Segundo o comunicado da OMS, os especialistas reunidos em Genebra concordam que uma relação causal entre a infecção do zika durante a gravidez e microcefalia é “fortemente suspeita”, embora ainda não comprovada cientificamente.
 
A falta de vacinas e testes de um diagnóstico rápido e confiável, bem como a ausência de imunidade da população em países recém-afetados, foram citadas como novos motivos de preocupação.
 
Em resposta às informações fornecidas, o Comitê fez recomendações à OMS sobre medidas a serem tomadas, como a padronização e melhoria das ações de vigilância de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré, a intensificação da investigação da causa das doenças e a adoção de “medidas agressivas” para reduzir a infecção com o vírus zika, especialmente entre as mulheres grávidas e mulheres em idade fértil.
 
Texto: Thereza Marinho (com informações da Organização das Nações Unidas)