Hospital Universitário inaugura Ambulatório de Diversidade de Gênero no ES

09/06/2018 - 14:58  •  Atualizado 01/11/2022 09:26
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Homens e mulheres que passaram pela mudança de sexo ou que desejam fazer a transição de gênero contam agora com o Ambulatório de Diversidade de Gênero do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes). O espaço, que também atende travestis, conta com profissionais das áreas de Urologia, Endocrinologia, Ginecologia, Infectologia, Psiquiatria, Enfermagem, Psicologia, Assistência Social e Fonoaudiologia.

A inauguração foi realizada na quinta-feira, 7 de junho, e contou com a presença da vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel; do superintendente do Hucam, Luiz Alberto Sobral; do representante da Área Técnica de Promoção da Equidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Júlio Cesar de Moraes; e de médicos e representantes de movimentos sociais que defendem os direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

A solenidade marcou a conclusão do processo de habilitação do ambulatório pelo Ministério da Saúde, ocorrido em março deste ano, e o envio de recurso federal para custear os serviços ali ofertados, entre eles a terapia hormonal. Segundo informações da Sesa, o ambulatório do Hucam está entre os cinco já habilitados no Brasil. 

Anteriormente, o serviço vinha sendo oferecido pelo Hucam desde 2016, mas em caráter piloto. Cerca de 120 pessoas, exclusivamente residentes no Espírito Santo, já são acompanhadas pela equipe multiprofissional que o hospital dispõe para esse público.

“O ambulatório cria a oportunidade de construirmos uma rede de atendimento no Estado, para que essas pessoas possam também ser atendidas nos municípios, porque é nos municípios que elas moram. É o Hospital Universitário mais uma vez na vanguarda, na construção do conhecimento, permitindo que a gente possa avançar estrategicamente no atendimento dessas pessoas”, afirmou o superintendente do Hucam.

Acolhimento

A entrada de usuários no programa do Ambulatório de Diversidade de Gênero se dá por meio de reuniões mensais chamadas de “acolhimento”, em que é explicado como se dá o tratamento ambulatorial e as regras de funcionamento.

Além disso, há uma escuta sobre as expectativas destes usuários, que saem da reunião já com encaminhamentos para realização de exames e consultas com assistente social e psicólogo. Caso haja necessidade, o usuário também pode ser encaminhado ao psiquiatra. Após passarem por estes dois profissionais, havendo consenso, o usuário é encaminhado ao endocrinologista.


Texto: Thereza Marinho
Foto: Secretaria de Estado da Saúde