Debate sobre Programa Mais Médicos lota auditório do CCS

19/07/2013 - 14:54  •  Atualizado 22/07/2013 09:02
Compartilhe

Por Jorge Medina

Aproximadamente 300 pessoas, entre professores e estudantes do curso de Medicina da Ufes, participaram nesta sexta-feira (19) de uma mesa-redonda. O objetivo foi analisar a Medida Provisória nº 621 e o decreto nº 8.040, que constituem o Programa Mais Médicos. O evento aconteceu no auditório Elefante Branco, no Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Na ocasião o professor Roney Oliveira, coordenador adjunto do Colegiado do Curso de Medicina, realizou uma exposição sobre o programa do Governo Federal. Entre os temas abordados estavam a falta de médicos nas regiões Norte e Nordeste e o Segundo Ciclo Médico - que trata da ampliação da duração do curso de Medicina, passando dos seis anos atuais para oito anos, a partir de 2015.

O professor Roney, que participou nesta semana de uma reunião em Brasília para discutir a medida provisória 621, apresentou dados do Governo Federal sobre a deficiência de médicos no país. Segundo os dados, existem hoje no Brasil 1,8 médico para mil habitantes. Nos parâmetros do Governo Federal, o ideal é que este número chegue a 2,7 médicos por mil habitantes, passando dos atuais 374 mil médicos para 600 mil em 2026.

O evento contou com as presenças do  senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES); dos deputados federais Paulo Foletto (PSB-ES), Lelo Coimbra (PMDB-ES) e  Jorge Silva (PDT-ES); do diretor- superintendente do Hucam, Emílio Mameri; de representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), das Universidades que oferecem o curso de Medicina no estado e do Diretório Acadêmico do Curso de Medicina da Ufes (Damufes).

Mais Médicos - O Programa Mais Médicos, instituído pela Medida Provisória nº 621, foi lançado pela presidente Dilma Roussef no dia 8 de julho e inclui um pacote de medidas relacionadas ao aumento do número de médicos no interior e à formação em Medicina, incluindo a implementação de um segundo ciclo de formação para estudantes de graduação a partir de 2015.

O Programa também fala sobre a autorização para o funcionamento de cursos de Medicina e sobre a reordenação da oferta de cursos de graduação e vagas para residência médica, priorizando regiões de saúde com menor relação de vagas e médicos por habitante e com estrutura de serviços de saúde em condições de ofertar campo de prática suficiente e de qualidade para os alunos.