Bandeira vermelha em apoio ao Dia Mundial de Luta contra a Aids

01/12/2016 - 14:07  •  Atualizado 02/12/2016 16:25
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A Ufes hasteou nesta quinta-feira, dia 1º, uma bandeira vermelha no campus de Goiabeiras em apoio ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado nesta data. Além da bandeira, a logomarca da Universidade nas redes sociais também está vermelha e o portal da Ufes na internet ganhou a aplicação de um laço vermelho.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a epidemia de Aids está estabilizada no Brasil, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de Aids no Brasil (em 1980) até o final de 2015, foram registrados 827 mil pessoas que vivem com HIV e Aids. Desse total, 372 ainda não estão em tratamento e, destas, 260 já sabem que estão infectadas. Além disso, 112 mil pessoas que vivem com HIV não sabem. 

“Inserir essas pessoas nos serviços de saúde, por meio da testagem e do início imediato do tratamento, é a prioridade do ministério”, afirmou o ministro da Saúde Ricardo Barros.

A diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids no Brasil (UNAIDS Brasil), Georgiana Braga-Orillard, elogiou a queda das taxas de transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho. “O caminho para o fim da epidemia, é o início da vida sem HIV e Aids. Os dados apresentados pelo Brasil na redução da transmissão vertical são parte do trabalho de enfrentamento da situação em todo o mundo”, observou a diretora da entidade. Segundo ela, desde 2000 até hoje, a queda da transmissão vertical evitou a morte de 1,6 milhão de bebês, em todo o mundo.

Ainda segundo o boletim, a partir da implantação do tratamento para todos, em 2013, o número de pessoas infectadas e tratadas, subiu 38%. De 355 mil, em 2013, para 489 mil pessoas atualmente. 

Ambulatório

Em Vitória, o do Ambulatório de Infectologia do Hospital Universitário da Ufes coordena projetos de prevenção e tratamento da doença. A infectologista Tânia Reuter, que coordena o ambulatório, afirma que são atendidos cerca de 1.500 pacientes no local, que realiza entre 600 e 700 consultas por mês

Ela explicou que o programa do ambulatório atende pacientes via centro de testagem anônima, que acontece quando a pessoa é encaminhada a uma unidade tratadora depois de realizar o teste, e atende por meio de demanda espontânea. “O serviço é aberto ao público e atende o paciente soropositivo que já tem ciência da doença e manifesta o desejo de se matricular no tratamento”, afirma.


Texto: Thereza Marinho
Foto: Ana Paula Vieira